quinta-feira, 24 de abril de 2008

O vento não pára. Não pára, não. Não pára...


vento estacionário
dos dias amenos
que levanta a poeira dos momentos vividos
que revolve os sonhos esquecidos
em pedaços perdidos.
justificai-me:
o que é este presente?

vento que vem
que assovia no calor
refresca a mente
acaricia-me a pele
e varre as folhas gastas.
revelai-me:
o que será do futuro?

vento que vai
que sopra no inverno
traz névoa a meus olhos
congela o silêncio
e maltrata os ossos.
respondei-me:
o que houve ao passado?

vento que vai e vem
sendo leve brisa
ou ventania
desvendai os mistérios do tempo!
diz-me, de uma, todas por vez
para onde levas?
para mim?

vento que vai e não mais vem
explicai-me:
por que não me conformo em esperar
e não me deixar levar
em ter que suportar ouvi-lo passar
e nascer de novo
limpar a casa, os cantos da alma
aguardando que um novo vento virá?

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